O desenvolvimento de um aparato biológico que possibilita o armazenamento de experiências e a síntese entre elas é fundamental à construção simbólica que especifica o humano. Assim, a memória é base para o conhecimento. Por sua vez, os cheiros são entendidos como fortes acionadores de memórias, ao mesmo tempo em que a acuidade olfativa é remetida aos animais. A construção do mundo humano civilizado teria tido, pois, como contraponto a retração do olfato em favor da visão, segundo argumento de Rousseau, Darwin, Freud, dentre outros. Enfim, qual é o lugar do olfato e dos cheiros em nossa época? A partir do debate entre sociologia e biologia feito por Norbert Elias, busca-se enfrentar interdisciplinarmente a questão da relação entre memória e odores para compreender o potencial orgânico do olfato e seus usos sócio-históricos.
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Nery, S. (2016). Memória e Odores: o debate entre biologia e sociologia em Norbert Elias como inspiração à compreensão dos usos sociais do olfato. Arquivos Do CMD, 4(1), 14–37. https://doi.org/10.26512/cmd.v4i1.9155
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