Originalmente, a cobertura florestal do Estado de São Paulo era composta por dois biomas principais: Mata Atlântica (81%) e cerrados (cerca de 12%) que, ao longo de sua história, sofreram drástica devastação. Inúmeras for-mações vegetais foram reduzidas a pequenos fragmentos dispersos por vári-as regiões, e esses efeitos predatórios atingiram os grandes ecossistemas, acarretando expressiva redução de sua biodiversidade. Com início na região litorânea, seguindo para o interior, na segunda metade do século XIX e so-bretudo no século XX, intensificou-se o desmatamento, principalmente para difusão da cultura do café, do qual São Paulo era o maior produtor. Assim, em pouco mais de um século foram destruídos 89,5% (15.776.848 ha) das formações florestais. Hoje, a cobertura vegetal do Estado resume-se a so-mente 7% das áreas originais de Mata Atlântica e 1% das áreas de Cerrado. Recentemente, o Cerrado e a Mata Atlântica foram considerados pela ONG " Conservation International " como um dos 25 " Hot Spots " (ecossistemas mais ameaçados) do planeta, voltando-se a atenção nacional e internacional para sua preservação. As figuras 8.1 e 8.2 ilustram bem esse processo e mostram a evolução histórica da cobertura vegetal e das formações florestais no Estado de São Paulo. O processo de desmatamento continuou intenso até a década de 70, quando houve uma estabilização decorrente de fatores como o declínio eco-nômico de algumas regiões, promulgação do novo Código Florestal, criação de unidades de conservação, organização dos órgãos de fiscalização e difi-culdade de ocupação de algumas áreas de vegetação remanescente, como encostas de serras, etc. Na figuras 8.3 e 8.4 verifica-se que, desde então, ocorreram alguns progressos.
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Briones Garduño, C. (2022). Salud materna. Revista CONAMED, 27(S1), s3-3. https://doi.org/10.35366/108516
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