As alterações metabólicas e da composição corporal em decorrência da injúria cirúrgica resultam em necessidades nutricionais especiais para pacientes neurocirúrgicos. Essas alterações têm como característica a instalação de um estado hipermetabólico e hipercatabólico, observando-se uma redução nas reservas corporais de lipídeos e proteínas, resultando na dificuldade de cicatrização e risco aumentado de infecção. Além disso, com um aporte nutricional inadequado, os pacientes podem evoluir para um estado de desnutrição. Na ausência de diretrizes específicas de como o suporte nutricional deve suceder em traumas neurológicos, verificou-se a importância da realização de um artigo de revisão a respeito do suporte nutricional utilizado em pacientes neurocirúrgicos. A partir da pesquisa realizada no banco de dados Medline (1976-2010), observou-se que a estimativa energética é um fator decisivo no prognóstico do paciente, a suplementação de aminoácidos não se mostra necessária e que, além dos exames de rotina, devem-se realizar exames de eletrólitos e osmolalidade urinários e plasmáticos. O suporte nutricional ideal parece ser uma administração conjunta de nutrição enteral e parenteral e, quanto mais precocemente essa alimentação é iniciada, melhores são os desfechos clínicos. Considerando que é de competência do nutricionista a prescrição dietética da nutrição enteral, sua presença é essencial na equipe multiprofissional de suporte nutricional.
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Riboldi, B. P., Contini, B., dos Santos, F. T., da Silva, L. S., de Oliveira, V. R., da Cunha, F. M., … Isolan, G. R. (2011). Nutrição e neurocirurgia: uma revisão. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, 30(02), 55–59. https://doi.org/10.1055/s-0038-1626493
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