Funcionamento Familiar e Deficiência: Um Estudo com Pessoas com Deficiência Física Adquirida na Região do Vale do Itajaí (SC)

  • Bossardi C
  • Chesani F
  • Nalin F
  • et al.
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Resumo O presente estudo objetivou analisar o funcionamento familiar de pessoas com deficiência física. Foi realizada uma pesquisa transversal de natureza quantitativa, envolvendo 144 pessoas com deficiência física adquirida, de ambos os sexos, com idades entre 14 e 93 anos. Foram aplicadas as Escalas de Funcionamento Familiar (FACES IV), a de APGAR familiar e o questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados com o Programa estatístico SPSS. Conforme os padrões de interação familiar propostos por Olson e Gorall (2006), apesar da boa funcionalidade familiar encontrada, os participantes indicaram certa indecisão ao afirmar se percebiam o funcionamento familiar como equilibrado ou desequilibrado, mas apresentaram índices mais elevados de satisfação e de comunicação na escala FACES e pontuaram mais em capacidade resolutiva no APGAR familiar. Tais resultados caracterizam a satisfação da pessoa com o tempo compartilhado entre os membros familiares no sentido de trocas e de fortalecimento mútuo. Por outro lado, os níveis de indecisão sobre a funcionalidade familiar resultaram em taxas de coesão e de flexibilidade caracterizadas como desordenadamente frouxas. Diferenças entre os sexos foram encontradas no que se refere ao APGAR. Para as pessoas de sexo feminino, existe elevada disfunção familiar, enquanto para os homens há uma boa funcionalidade familiar. Espera-se que esse estudo possa contribuir com a produção científica da área e que também possa gerar reflexões para a promoção de ações e de intervenções voltadas a esse contexto como um todo, especialmente no que se refere às políticas de inclusão e de promoção de saúde dessa população.Resumen El presente estudio tiene como objetivo analizar el funcionamiento familiar de personas con discapacidad física. Se realizó una investigación transversal de naturaleza cuantitativa, involucrando a 144 personas con discapacidad física adquirida, de ambos sexos, con edades entre 14 y 93 años. Se aplicaron la Escala de Funcionamiento Familiar (FACES IV), el cuestionario de APGAR familiar y el cuestionario sociodemográfico. Los datos fueron analizados con el programa estadístico SPSS. Según los patrones de interacción familiar propuestos por Olson y Gorall, a pesar de la buena funcionalidad familiar encontrada, los participantes indicaron cierta indecisión al afirmar si percibían el funcionamiento familiar como equilibrado o desequilibrado, pero presentaron índices más elevados de satisfacción y de comunicación en la escala FACES y puntuaron más en capacidad resolutiva en el APGAR familiar. Tales resultados caracterizan la satisfacción de la persona con el tiempo compartido entre los miembros familiares en el sentido de intercambios y de fortalecimiento mutuo. Por otro lado, los niveles de indecisión sobre la funcionalidad familiar ocasionaron tasas de cohesión y de flexibilidad caracterizadas como desordenadamente flojas. Se encontraron diferencias entre los sexos en lo que se refiere al APGAR. Para las mujeres, existe una elevada disfunción familiar, mientras que para los hombres hay una buena funcionalidad familiar. Se espera que este estudio pueda contribuir con la producción científica del área y que también pueda generar reflexiones para la promoción de acciones y de intervenciones orientadas a ese contexto como un todo, especialmente en lo que se refiere a las políticas de inclusión y de promoción de la salud de esta población.Abstract This study aims to analyze the family functioning of people with physical disabilities. For that, a quantitative cross-sectional research was conducted with 144 people with acquired physical disability, of both genders, aged between 14 and 93 years. Data was collected using the Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES IV); the family adaptability, partnership, growth, affection, and resolve (APGAR); and a sociodemographic questionnaire, and analyzed with the SPSS Statistical Program. According to the patterns of family interaction proposed by Olson and Gorall (2006), despite the good family functioning found in our study, participants showed uncertainty in classifying their family functioning as balanced or unbalanced. However, they presented high indices of satisfaction and communication in the FACES IV and high scores regarding response capacity and the APGAR family variables. These results indicate that individuals are satisfied with the amount of time shared with their families in regard to exchanges and mutual strengthening. Conversely, the indecision levels related to family functioning resulted in disorderly and loose cohesion and flexibility rates. APGAR results differed according to gender, with females showing high family dysfunction and males showing good family functioning. This study is expected to advance knowledge in the field, possibly stimulating reflections for the promotion of actions and interventions aimed at this context as a whole, especially regarding policies for social inclusion and health promotion.

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Bossardi, C. N., Chesani, F. H., Nalin, F., & Mezadri, T. (2021). Funcionamento Familiar e Deficiência: Um Estudo com Pessoas com Deficiência Física Adquirida na Região do Vale do Itajaí (SC). Psicologia: Ciência e Profissão, 41(spe3). https://doi.org/10.1590/1982-3703003190599

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