Este estudo critica a prática de classificar escolas de ensino médio utilizando as médias do desempenho de seus alunos nos vestibulares. Apresenta como alternativa uma metodologia para avaliação dos efeitos das escolas, desenvolvida a partir da Teoria do Valor Agregado. Com base nos resultados da primeira etapa dos vestibulares da Universidade Federal de Minas Gerais de 1998, 1999 e 2000 foram ajustados modelos estatísticos de análise que incorporam não só a estrutura hierárquica dos dados como também as diferenças sócio-econômicas dos estudantes. Como resultado obtêm-se melhores estimativas para os efeitos das escolas e medidas mais descritivas da variabilidade dos resultados acadêmicos, entre e dentro das escolas. Parte importante da heterogeneidade entre as escolas é explicada por diferenças nos fatores sócio-econômicos dos alunos de uma mesma escola. Os modelos ajustados revelam que não existe uma única classificação adequada para as escolas. No entanto, a parcela da variabilidade total devida às práticas e políticas da escola é alta se comparada a estudos internacionais similares, indicando que a escola secundária freqüentada faz diferença.
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Soares, J. F., Alves, M. T. G., & Oliveira, R. M. de. (2001). O efeito de 248 escolas de nível médio no vestibular da UFMG nos anos de 1998 1999 e 2000. Estudos Em Avaliação Educacional, (24), 69. https://doi.org/10.18222/eae02420012201
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