O artigo examina o sentido da noção de família para Malinowski com base em dois de seus livros: A Vida Sexual dos Selvagens, de caráter etnográfico, e Uma Teoria Científica da Cultura, onde ele busca desenvolver sua perspectiva mais geral da cultura. Os dois textos mantém entre si uma grande distância tanto temporal quanto teórica, mas sua comparação leva a perceber certas constantes em seu pensamento. O estudo da família permitelhe dialogar criticamente com o evolucionismo que ainda se fazia sentir no início do século XX, mas sua ênfase na família nuclear, assim como seu individualismo metodológico o impediram de construir sistemas de parentesco, o que o levou a sérias críticas nos anos 50 e 60. Contudo, foi esse mesmo individualismo, não obstante o pragmatismo que ele envolvia, que lhe permitiu colocar em cena os sujeitos concretos obscurecidos pela álgebra do parentesco que tanto lhe repugnava. Abstract Based on two books by Malinowski The Sexual Lives of Savages and A Scientific Theory of Culture the author examines the meaning of notion of family for Malinowski. Although those two books are quite distant one from another both in time and in theoretical perspective, their comparison allows one to perceive certain constant ideas. The study of the leads Malinowski towards a critical perspective regarding evolutionism. However, his emphasis on the nuclear family as well as his methodological individualism prevented him from building kinship systems , a failure that resulted in severe criticism during the 50s and 60s. Still, his individualism or pragmatism allowed him to focus on concrete actors of kinship relations obscured by the algebra of kinship he so disliked.
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Woortmann, K. (2002). A Idéia de Família em Malinowski. CAMPOS - Revista de Antropologia Social, 2. https://doi.org/10.5380/cam.v2i0.1572
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