Tendo em vista que centros urbanos podem estimular o recebimento de migrantes ambientais, o presente estudo almeja examinar como a mobilidade humana decorrente dos efeitos adversos da mudança climática pode favorecer a expansão equilibrada de cidades, de modo a proporcionar o resguardo da dignidade da pessoa humana. Para tanto, por meio do método dedutivo, pretende-se alcançar os seguintes objetivos específicos: inicialmente, a análise de como as alterações induzidas do clima provocam o deslocamento forçado de pessoas, bem como os delineamentos que possibilitam a identificação deste grupo de indivíduos; posteriormente, a investigação de como centros urbanos lidam com as consequências de ambos os fenômenos e; por fim, o estudo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com especial enfoque no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11 (ODS 11), que apesar de almejar tornar as cidades e assentamentos urbanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, não leva em consideração a relevância dos processos migratórios forçados nesse processo. Explora-se, diante disso, a Nova Agenda Urbana (2016), elaborada pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Embora o movimento populacional para os centros urbanos revele uma variedade de obstáculos, reconhece-se que a migração ambiental pode trazer significante contribuição social, econômica e cultural para a vida urbana.
CITATION STYLE
Serraglio, D. A., Ferreira, H. S., & Robinson, N. (2019). Migrações climáticas e cidades resilientes: uma nova agenda urbana para o desenvolvimento sustentável. Revista de Direito Da Cidade, 11(3). https://doi.org/10.12957/rdc.2019.38103
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.