O objetivo central deste trabalho é avaliar como um distress nas séries de retornos de importantes papéis de empresas brasileiras e dos principais indicadores do mercado financeiro doméstico (Ibovespa) e internacional (Dow Jones) interagem entre si, numa tentativa de captar spillover effects. Mais precisamente, estimou-se o risco sistêmico, o efeito contágio e o stress test. Para o cálculo de tais indicadores é utilizada a abordagem CoVaR, apresentada em Adrian e Brunnermeier (2011), em que os parâmetros de interesse são estimados através de regressores quantílicos. Uma novidade apresentada neste trabalho é a construção de uma matriz de contágios para o mercado doméstico de capitais, que mede as inter-relações entre a rentabilidade dos papéis de empresas em um ambiente de distress financeiro. Os principais resultados apontam a inexistência de correlação entre as medidas de risco dadas pelo Value at Risk (VaR) e pelo CoVaR, bem como o risco sistêmico sinaliza aqueles papéis que geram mais externalidades negativas para o mercado financeiro doméstico. Através do stress test verifica-se que um distress nos retornos do Ibovespa possui mais spillover effects sobre os papéis das empresas que atuam na BM&FBovespa do que um distress nos retornos do mercado internacional. Por fim, pela matriz de contágios, nota-se que as inter-relações de contágios entre os retornos dos papéis das empresas evidenciam indícios setoriais para avaliação e gestão de riscos.
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Almeida, A. T. C. de, Frascaroli, B. F., & Cunha, D. R. da. (2012). Medidas de Risco e Matriz de Contágio: uma Aplicação do CoVaR para o Mercado Financeiro Brasileiro. Brazilian Review of Finance, 10(4), 551–584. https://doi.org/10.12660/rbfin.v10n4.2012.3954
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