A erosão do solo tem sido reconhecida há muito tempo como um problema ambiental muito sério, especialmente em regiões onde ocorre interferência antrópica e gestão agrícola sem critérios adequados. Neste trabalho utiliza-se o modelo empírico RUSLE para estimar a perda anual de solos da bacia do córrego Marinheiro, Sete Lagoas – MG. Os resultados mostraram que a perda anual de solos na bacia apresentou valor médio estimado em 7,15 ton. ha-1.ano-1. Além disso, foi possível classificar e caracterizar os resultados obtidos para a área de estudo em seis categorias distintas, quais sejam: 0 a 1 (muito baixa); 1 a 3 (baixa); 3 a 5 (moderada); 5 a 10 (severa); 10 a 20 (alta); e acima de 20 ton. ha-1. ano-1(muito alta). Concluiu-se que, espacialmente, a área apresenta predominância das classes baixa e muito baixa de perda anual de solo (61,7% da bacia). No entanto, 21% da área apresentam riscos ambientais, com tendência do tipo severa a muito alta, devido aos processos erosivos mais intensos. Destaca-se que, segundo o modelo, nas áreas onde houve a implantação de atividades antrópicas, as perdas anuais de solos foram mais acentuadas. Os métodos descritos neste estudo permitiram uma compreensão mais clara da relação entre a erosão e seus principais fatores causais, podendo ser úteis para o planejamento e para a implantação de práticas e de manejos que favoreçam a conservação do solo e da água.
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Salis, H. H. C. de, Costa, A. M. da, & Viana, J. H. M. (2019). ESTIMATIVA DA PERDA ANUAL DE SOLOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO MARINHEIRO, SETE LAGOAS – MG, POR MEIO DA RUSLE. Boletim de Geografia, 37(1), 101. https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v37i1.37213
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