O objetivo do presente estudo foi testar a hipotese de que remanescentes de florestas, mesmo em pequenas unidades de conservacao e sujeitos a perturbacoes intermediarias, sao resilientes. Para isso, as distribuicoes de diâmetros e alturas da comunidade e das especies mais abundantes de um cerradao (14°42’02,3”S e 52°21’02,6”W) foram analisadas e comparadas em intervalos de dois a tres anos em um periodo de oito anos. Em 2002, 2005, 2008 e 2010 foram medidas todas as arvores vivas com diâmetro ≥ 5 cm a 0,3 m do solo em 50 parcelas de 10 x 10 m. Mesmo com variacoes significativas na densidade, a distribuicao de diâmetros e alturas da comunidade manteve o padrao de “J-reverso” e unimodal, respectivamente, indicando recrutamento continuo e poucas mudancas na estrutura ao longo dos anos inventariados, corroborando a hipotese do presente estudo. Entre as especies analisadas foram observados tres padroes de distribuicao diametricas que provavelmente refletem diferentes estrategias de ocupacao da floresta. Hirtella glandulosa foi a especie mais apta a explorar os recursos do ambiente, apresentando as maiores abundâncias e individuos distribuidos em todas as classes de diâmetros.
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Elias, F., Marimon, B. S., Gomes, L., Forsthofer, M., Abreu, M. F., Reis, S. A., … Marimon-Junior, B. H. (2013). Resiliência de um cerradão submetido a perturbações intermediárias na transição Cerrado-Amazônia. Biotemas, 26(3). https://doi.org/10.5007/2175-7925.2013v26n3p49
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