CONTEXTUALIZAÇÃO: Existe um conceito difundido entre professores de educação física, fisioterapeutas e ortopedistas de que o joelho não deve ser demasiadamente anteriorizado em relação à ponta do pé na direção ântero-posterior durante qualquer tipo de agachamento de modo a diminuir a carga mecânica sobre o joelho. No entanto, são escassas as evidências quantitativas que corroboram esse conceito. OBJETIVO: Estimar forças e torque na articulação do joelho em indivíduos saudáveis durante o exercício de agachamento livre com peso em dois modos diferentes de execução: a) joelho não ultrapassando a linha vertical que passa pelos dedos do pé; b) joelho ultrapassando essa linha vertical. MÉTODOS: Análise tridimensional com câmeras de vídeo e plataforma de força do movimento de agachamento em dez adultos jovens saudáveis. Quinze repetições em cada condição do agachamento por sujeito foram executadas sobre uma plataforma de força. As forças e torques articulares no tornozelo, joelho e quadril foram calculados pelo procedimento de dinâmica inversa. RESULTADOS: Os resultados obtidos mostram que o pico do torque no joelho é, em média, cerca de 38 ± 31% e a força patelofemoral é, em média, cerca de 28 ± 27% maiores na condição ultrapassando o joelho que na condição não ultrapassando o joelho. CONCLUSÕES: Esses resultados demonstram que não ultrapassar o joelho da linha do pé diminui a força de compressão patelofemoral, levando assim a uma menor solicitação mecânica nessa articulação.
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Hirata, R., & Duarte, M. (2007). Efeito da posição relativa do joelho sobre a carga mecânica interna durante o agachamento. Revista Brasileira de Fisioterapia, 11(2), 121–125. https://doi.org/10.1590/s1413-35552007000200006
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