Introdução: Estudos apontam que a adolescência tem sido considerada uma faixa etária mais vulnerável para o sofrimento psíquico em todas as categorias, como depressão, dificuldades comportamentais, transtornos alimentares e uso abusivo de drogas, no entanto, no que diz respeito à inserção e à assistência para adolescentes nos serviços públicos de saúde mental, a literatura aponta uma escassez de trabalhos relacionados. Objetivo: Esta pesquisa objetivou identificar como tem se dado a atenção psicossocial de adolescentes sob a ótica de profissionais de um CAPS infantojuvenil (CAPSij) de um município de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa que contou com a participação de 7 profissionais do CAPSij. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, e os dados obtidos foram tratados por meio da técnica de Análise Temática. Resultados: Os principais resultados indicaram que o CAPSij em questão atua como único responsável pelo acolhimento, triagem e cuidado a adolescentes em sofrimento psíquico. Além disso, os participantes apontaram dificuldades quanto à adesão dos adolescentes e a efetivação do trabalho. Por outro lado, revelou-se o empenho dos participantes nas ações de cuidado com os adolescentes, sob a luz das políticas e a busca de articulação em rede, em especial com a Atenção Básica em Saúde. Conclusão: Assim, observa-se que a atenção à saúde mental de adolescentes está em construção e demanda avanços que considerem as peculiaridades dessa população e as políticas de saúde mental vigentes.
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Silva, J. F. da, Cid, M. F. B., & Matsukura, T. S. (2018). ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE ADOLESCENTES: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE UM CAPSij. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 26(2), 329–343. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoao1081
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