Este artigo estudou a realidade complexa das unidades de produção agropecuária do município de Pentecoste, estado do Ceará. O objetivo foi identificar os tipos de agricultores e caracterizar seus sistemas de produção, relacionando-os ao desenvolvimento local. Utilizou-se uma abordagem sistêmica, procurando-se integrar as dimensões social, econômica, ambiental e tecnológica. Foram utilizados 163 questionários obtidos através de entrevistas diretas com os produtores. Pode-se constatar que grande parte dos agricultores familiares do município encontra-se em uma situação de extrema fragilidade social, praticando uma agricultura de subsistência, e dependendo de rendas fora da atividade produtiva como trabalho assalariado e transferências governamentais, como Bolsa Família e Seguro Safra. A baixa renda obtida e o despreparo para as intempéries climáticas (seca prolongada) a que são submetidos permitem concluir que estes produtores conseguem assegurar minimamente sua reprodução social. Por outro lado, constata-se igualmente que os agricultores que implementaram os sistemas de produção fundamentados na pecuária e na irrigação associada à produção de coco e banana obtiveram indicadores de desempenho econômico e social satisfatórios que possibilitam ultrapassar o nível de reprodução social mínimo.
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Bento, J. A. N., Gamarra-Rojas, G., Lemos, J. de J. S., Casimiro Filho, F. C., & Mattos, J. L. S. de. (2017). Dinâmica e Diferenciação de Sistemas de Produção no Semiárido Brasileiro: Agriculturas do Município de Pentecoste, Ceará. Desenvolvimento Em Questão, 15(41), 416. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.41.416-456
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