Apresentar reflexões de uma experiência etnográfica centrada em aprendizagens ocorridas por um engajamento assumido em conjunto entre pesquisadores uni- versitários, professores de ensino fundamental e médio, crianças, adolescentes e pais em uma escola pública de Foz do Iguaçu é o objetivo deste artigo. Os dados etnográficos foram construídos durante um programa desenvolvido na escola e mostram que, embora demandada por gestores das políticas educacionais públicas nacionais, essa experiência abriu condições de reflexividade em nossas interações e trouxe implicações éticas, políticas e epistemológicas sobre a aprendizagem em contexto. Partindo da premissa de que a aprendizagem resulta de uma interação social que incorpora as desigualdades sociais e os processos classificatórios e que está embebida na prática, a pesquisa ligou intrinsecamente diversas atividades dos envolvidos, incluiu a escola e o bairro no tempo da memória e do vivido e eviden- ciou esses espaços como conquistas indissociáveis de um processo de luta simbólica e política em interação com a cidade.
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Silva, R. C. M. e. (2016). Do Ipê Roxo na Cidade Nova: experiência etnográfica e aprendizagem situada. Etnografica, (vol. 20 (1)), 119–142. https://doi.org/10.4000/etnografica.4225
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