A restrição de postos de trabalho e a desqualificação dos saberes profissionais fundados na experiência cotidiana e na reflexão de ensinamentos transferidos entre gerações de trabalhadores têm constrangido pais e filhos quanto à elaboração de projetos de inserção de novas gerações pelo trabalho. Agentes institucionais que se outorgam a colaboração nesta tarefa pouco conseguem apresentar alternativas, razão pela qual deslocam suas proposições para a defesa das atividades que caracterizam práticas culturais e lúdicas, quase sempre orientadas pela provisoriedade. A partir da análise da prática de três instituições filantrópicas voltadas para formação profissional de jovens advindos de camadas populares e de pesquisa sobre itinerários ocupacionais com este segmento populacional, proponho-me analisar alguns dos dilemas que os agentes em jogo enfrentam, sugerindo perspectivas facilitadoras da elaboração de propostas para a inserção de jovens no mercado de trabalho.Lack of employment and non-recognition of professional knowledge based on everyday experience and on the reflection of learning processes based on transfer through generations, have constrained parents and children in the elaboration of projects of inclusion of new generations through work. Institutional agents that could cooperate in this task cannot point alternatives, and, for this reason, almost always propose activities related to cultural or leisure practices, almost always temporary. Based on the analysis of three philanthropic institutions oriented towards education of youngsters from low income families, an analysis of some of the dilemmas faced by those actors is undertaken, suggesting facilitating perspectives for the making of proposals of youngster's inclusion in the work market.
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Neves, D. P. (2006). Juventude, trabalho e instituições filantrópicas. Saúde e Sociedade, 15(3), 99–114. https://doi.org/10.1590/s0104-12902006000300009
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