Tradicionalmente o partido político tem sido considerado um elemento frágil na explicação do voto no Brasil. Nesse sentido, tanto a escolha eleitoral apresenta traços acen-tuadamente personalistas, como as campanhas eleitorais da maioria dos partidos políticos, centream-se fundamentalmente na imagem do candidato. EWm contrapartida, as regras estabelecidas pela legislação brasileira para a propaganda política gratuita na televisão concedem tempo aos partidos e não aos candidatos. As regras do jogo imputam aos dirigentes partidários o poder de determinar quais candidatos terão acesso à televisão e em que condições: a distribuição do tempo entre os candidatos, a atribuição de tratamento especial a algum deles, entre outras. O assunto não se esgota no tratamento dispensado aos candidatos individualmente, mas contempla a possibilidade de os partidos estabelecerem estratégias gerais de ocupação do espaço mediático. Pretendemos, com este artigo, constituir as bases para a investigação do processo de construção de imagem dos grandes partidos envolvidos na campanha eleitoral de 2002.
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Albuquerque, A. de, & Dias, M. R. (2007). Propaganda política e a construção da imagem partidária no Brasil. Civitas - Revista de Ciências Sociais, 2(2), 309. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2002.2.104
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