O autismo infantil é um grave transtorno do desenvolvimento, que tem como consequência o comprometimento da aquisição de algumas das habilidades indispensáveis para a vida humana – a socialização. O objetivo geral da presente pesquisa é realizar uma análise da história da construção da classificação psiquiátrica do Transtorno do Espectro Autista, buscando entender as transformações do autismo. Analisar a forma como a classificação de TEA, é realizada atualmente pelo DSM e como ela chegou até o formato atual é imprescindível ao campo da Saúde Mental, e é o que se pretende com este trabalho. Tal forma de investigação auxiliará a retomada do percurso de edificação da psiquiatria da infância como um campo da medicina e seu avanço até a atualidade a partir do desenvolvimento de nosografias psiquiátricas mais antigas, como a idiotia, até a mais atual delas, o TEA. A questão da introdução de uma categoria tão abrangente, espectral, não fica bem explicada no percurso de leitura dos manuais. O autismo é uma temática altamente chamativa, pois mesmo com os estudos realizados até o momento, sua abordagem continua a desafiar profissionais de diferentes áreas. Há a necessidade de empenho a fim de compreender fenômenos relacionados ao autismo em que existe pouca explanação e esclarecimento. São necessários mais estudos que investiguem não somente as deficiências mas também as competências sociais destes indivíduos. Pensa-se que o conhecimento acerca dessas diferenças possa ter implicações para a identificação precoce da síndrome, visto que as crianças autistas mais competentessão as que mais demoram a receber tal diagnóstico.
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Bianchi, V. A., & Abrão, J. L. F. (2023). A construção histórica do Autismo. Brazilian Journal of Health Review, 6(2), 5260–5277. https://doi.org/10.34119/bjhrv6n2-063
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