A VIDA DOS LUGARES ENTRE OS KÏSÊDJÊ: TOPONÍMIA COMO TERMINOLOGIA DE RELAÇÃO

  • Coelho de Souza M
N/ACitations
Citations of this article
5Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Este artigo trata da toponímia kiïsêdjê (povo indígena de língua jê também conhecido como Suyá) por meio da suspensão de duas assunções: a de que os lugares sejam produtos de processos, seja de construção, seja de representação; e a de que nomeá-los seja um modo dessa construção. O que tento mostrar é que os lugares a que se referem os topônimos são constituídos a partir de relações, que se poderia dizer intersubjetivas ou interpessoais, entre humanos e não humanos, e entre humanos eles próprios; e que nomear os lugares é um tipo de ação ou atividade que participa dessa constituição. Nomear os lugares, assim como narrar as histórias que se conectam a eles e a seus nomes, constitui relações entre pessoas (humanas e não humanas) com respeito a outras pessoas (idem), e é esta teia viva de relacionamentos que faz um lugar (enquanto um objeto de atenção para os sujeitos). Como acredito que terminologias de relacionamento e onomásticas façam, entre outras coisas, o mesmo (constituir pessoas como objetos da atenção de outras a partir de suas mútuas relações), é o interesse em explorar essa analogia que o título do artigo vem sinalizar.

Cite

CITATION STYLE

APA

Coelho de Souza, M. S. (2018). A VIDA DOS LUGARES ENTRE OS KÏSÊDJÊ: TOPONÍMIA COMO TERMINOLOGIA DE RELAÇÃO. Espaço Ameríndio, 12(1), 9. https://doi.org/10.22456/1982-6524.75131

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free