Paralisia de prega vocal em tireoidite subaguda

  • Dedivitis R
  • Coelho L
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INTRODUÇÃO A paralisia de prega vocal está associada a algum acometimento do nervo vago ou do laríngeo recorrente desde o forame jugular até a entrada na laringe. As doenças malignas da tireóide são causa freqüente, porém, são tam-bém encontradas em algumas doenças benignas. Em uma série de 1200 casos, foi encontrada uma incidência de 0,69% de associação entre paralisia e doença tireoidiana benigna 1 . Nesse trabalho, abordamos um caso de paralisia de prega vocal associada à doença benigna da tireóide. RELATO DE CASO Uma paciente do sexo feminino com 43 anos apresentou-se com um nódulo cervical doloroso na parte ântero-lateral direita e disfonia persistente de ins-talação súbita cinco dias antes. Ela havia cursado com um quadro gripal na semana anterior, tendo utilizado antiinflamatório não-hormonal. O exame clínico mostrou a presença de um nódulo de cerca de 5,0x3.5 centímetros fazendo corpo com o lobo tireoidiano direito, endurecido, doloroso e móvel à deglutição. A la-ringoscopia mostrou paralisia da prega vocal direita em posição paramediana, com fenda vocal fusiforme à fonação. Foi administrada prednisona (40 mg/dia) por cinco dias. A ultra-sonografia mostrou um nódulo de 6,2x3,9x3,4 centímetros no lobo tireoidiano direito. A paciente foi reavaliada após sete dias, com palpação semelhante do nódulo, porém, indolor. A qualidade vocal estava boa, com relato de melhora súbita após três dias de uso da prednisona. A laringoscopia mostrou mobilidade normal das pregas vocais. Os exames laboratoriais mostraram tiroxina livre elevada (2,1 mg/dl) tireotrofina su-primida (0,105) e anticorpos antitireope-roxidase e antitireoglobulina normais. O exame citopatológico da punção aspirati-va por agulha fina mostrou um padrão de bócio nodular com degeneração cística. Após três semanas, o nível dos hormônios tireoidianos se normalizou. Devido ao volume do nódulo, acarretando desvio traqueal, foi indicada hemitireoidectomia. O exame histopatológico de congelação e definitivo demonstraram bócio adeno-matoso. A laringoscopia de controle con-tinuou mostrando mobilidade normal das pregas vocais. A dosagem dos hormônios tireoidianos após um mês da operação foi normal.

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Dedivitis, R. A., & Coelho, L. S. (2007). Paralisia de prega vocal em tireoidite subaguda. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 73(1), 144–144. https://doi.org/10.1590/s0034-72992007000100028

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