Rio Grande do Sul State has the highest suicide rates in Brazil. Previous studies have suggested a possible role of agricultural activities, especially tobacco farming, where pesticide use is intensive. An ecological study was designed to assess associations between age-adjusted suicide rates based on death certificates and socioeconomic and agricultural factors. Suicide rates in males and females were inversely associated with schooling level and directly associated with divorce/marital separation. Rates for men were higher in areas where traditional Protestant religious were more prevalent, and rates for women were lower in areas with a higher proportion of single-inhabitant households. Multivariate analyses showed no associations between increased suicide rates and any of the agricultural variables. These results confirm the role of socioeconomic determinants of suicide, but do not support the hypothesis of a specific role of agricultural practices.As taxas de suicídio do Rio Grande do Sul são as mais elevadas do Brasil. Estudos anteriores sugeriram uma associação com atividades agrícolas, particularmente a fumicultura, onde o uso de agrotóxicos seria particularmente intenso. Um delineamento ecológico foi utilizado para identificar fatores associados ao suicídio, tendo as 35 microrregiões do Estado como unidades de análise. Coeficientes de mortalidade por suicídios, baseados no registro de óbitos, foram padronizados por idade, sendo suas associações com fatores sócio-econômicos culturais e agrícolas avaliadas por meio de regressão linear múltipla. As taxas de suicídio, para ambos os sexos, foram inferiores em microrregiões com escolaridade elevada, e superiores onde havia maior proporção de casamentos desfeitos. As taxas masculinas foram superiores nas microrregiões com mais evangélicos tradicionais e as femininas foram menores em microrregiões com maior proporção de domicílios com um morador. Na análise ajustada não foram evidenciadas associações entre suicídios e estrutura agrária ou culturas agrícolas. Estes resultados confirmam a importância de fatores sócio-econômicos na ocorrência do suicídio, mas não apóiam a hipótese de um papel específico das práticas agrícolas.
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Faria, N. M. X., Victora, C. G., Meneghel, S. N., Carvalho, L. A. de, & Falk, J. W. (2006). Suicide rates in the State of Rio Grande do Sul, Brazil: association with socioeconomic, cultural, and agricultural factors. Cadernos de Saúde Pública, 22(12), 2611–2621. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2006001200011
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