The occurrence of leprosy has decreased in the world but the perspective of its elimination has been questioned. A proposed control measure is the use of post-exposure chemoprophylaxis (PEP) among contacts, but there are still questions about its operational aspects. In this text we discuss the evidence available in literature, explain some concepts in epidemiology commonly used in the research on this topic, analyze the appropriateness of implementing PEP in the context of Brazil, and answer a set of key questions. We argue some points: (1) the number of contacts that need to receive PEP in order to prevent one additional case of disease is not easy to be generalized from the studies; (2) areas covered by the family health program are the priority settings where PEP could be implemented; (3) there is no need for a second dose; (4) risk for drug resistance seems to be very small; (5) the usefulness of a serological test to identify a higher risk group of individuals among contacts is questionable. Given that, we recommend that, if it is decided to start PEP in Brazil, it should start on a small scale and, as new evidence can be generated in terms of feasibility, sustainability and impact, it could move up a scale, or not, for a wider intervention.A ocorrência de hanseníase tem diminuído no mundo apesar de que a perspectiva de sua eliminação tem sido questionada. Uma proposta para o controle da endemia é a quimioprofilaxia pós-exposição entre contatos (post-exposure chemoprophylaxis, PEP), embora ainda existam dúvidas quanto aos seus aspectos operacionais e generalização de resultados. Nesse texto nós discutimos as evidências disponíveis na literatura, explicamos alguns conceitos epidemiológicos comumente encontrados em pesquisa sobre PEP e a implantação da PEP no contexto brasileiro. Nós argumentamos que: (1) a estimativa em diferentes estudos do numero de contatos necessário para receber PEP para prevenir um novo caso de hanseníase (number needed to treat, NNT) não é facilmente generalizável; (2) áreas cobertas pelo programa de saúde da família são as áreas prioritárias onde PEP poderia ser implantado; (3) não existe necessidade de segunda dose da quimioprofilaxia; (4) o risco de resistência à droga usada na PEP parece ser muito pequeno; (5) questionamos a necessidade de teste sorológico para identificar indivíduos entre os contatos que tenham maior risco de doença. Nós opinamos que, se houver uma decisão para se iniciar PEP no Brasil, essa intervenção deveria ser iniciada em pequena escala e, à proporção que novas evidências são geradas sobre a factibilidade, sustentabilidade e impacto da intervenção, a intervenção com PEP poderia ou não ser usada em larga escala.
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CUNHA, S. S. da, BIERRENBACH, A. L., & BARRETO, V. H. L. (2015). CHEMOPROPHYLAXIS TO CONTROL LEPROSY AND THE PERSPECTIVE OF ITS IMPLEMENTATION IN BRAZIL: A PRIMER FOR NON-EPIDEMIOLOGISTS. Revista Do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 57(6), 481–487. https://doi.org/10.1590/s0036-46652015000600004
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