Racismo não dá conta: antinegritude, a dinâmica ontológica e social definidora da modernidade

  • Vargas J
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Este artigo propõe que a categoria analítica “racismo” não é adequada para analisar as experiências de pessoas negras, seja no Brasil, seja no restante da diáspora. Por supor que experiências negras e experiências não negras são análogas e, portanto, comensuráveis, o racismo não dá conta da singularidade das experiências negras. De fato, as pessoas negras ocupam uma posição única na constituição das subjetividades modernas. Constituindo as identidades em oposição às quais a Humanidade se define, a pessoa negra é simultaneamente excluída da família humana e absolutamente necessária à constituição dessa mesma família. A antinegritude, ao contrário do racismo, aceita essa proposição como ponto de partida e sugere que a díade fundamental do mundo moderno é “pessoas negras/pessoas não negras”. Essa díade sugere um mundo social planetário muito diferente daquele do racimo. De acordo com o racismo, a díade definidora do mundo social planetário é “pessoas brancas/pessoas não brancas”. Palavras-Chave: racismo; negritude; antinegritude.

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Vargas, J. H. C. (2020). Racismo não dá conta: antinegritude, a dinâmica ontológica e social definidora da modernidade. Revista Em Pauta, 18(45). https://doi.org/10.12957/rep.2020.47201

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