A exploração de trabalhadores, comunidades e recursos sempre ocorreu, embora não seja um tema central na história do management, cuja narrativa principal é a urgência pela busca da eficiência e de soluções mais acertadas. No entanto, crimes, má conduta, comportamento antiético e irresponsabilidade social corporativa têm se tornado cada vez mais comuns, ensejando reflexões sobre a relevância de abordar esses assuntos no campo acadêmico e na prática da gestão. Neste ensaio, partimos da premissa de que os crimes corporativos devem ser compreendidos pela sua natureza multidisciplinar, e, especificamente, concentramos nossos esforços para discutir questões relacionadas à gestão das organizações para argumentar que os crimes corporativos fazem parte das operações da empresa para sustentar o capitalismo contemporâneo. Iniciamos abordando o poder das corporações como a principal força do capitalismo contemporâneo, na sua forma de extrema concentração da riqueza e da propriedade das corporações. Em seguida, discutimos a seriedade dos crimes corporativos e como eles se assemelham com genocídios. Finalizamos com nossas considerações sobre o porquê de as organizações tornarem-se criminosas e fazemos uma preleção sobre uma via para que os crimes corporativos sejam evitados. CORPORAÇÕES
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OLIVEIRA, C. R. D. (2019). CRIMES CORPORATIVOS: O ESPECTRO DO GENOCÍDIO RONDA O MUNDO. Revista de Administração de Empresas, 59(6), 435–441. https://doi.org/10.1590/s0034-759020190610
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