O modelo medieval de ensino da arte tinha como característica a relação direta e pessoal entre mestre e discípulo, visava a convivência técnica e o aprendizado através das encomendas de obras de arte. A este sucede-lhe o modelo da Academia no século XVI (Roma, Florença, Bolonha) que dispõe os saberes e fazeres em disciplinas organizadas, tendo como finalidade a comple¬ mentação teórica e intelectual do trabalho meramente artesanal dos ateliês. Já o termo "Beaux-Arts" foi instituído pela Académie Royale de Paris (1648) tor-nando-se rapidamente universal, mas é no século XVIII que as academias conhecem o máximo de prestígio que coincide com a mensagem do Iluminismo em favor de uma cultura laica, enciclopédica e universal. O declínio verifíca-se no século XIX com o romantismo que procura uma arte liberta de regras ("a arte não pode ser ensinada"). Inaugura-se então o período de oposição às aca¬ demias, seguido depois pelas vanguardas que rejeitam sua função bem como os seus métodos (Enc. de l'Art, 1991: 2-3).
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Plaza, J. (2003). Arte/ciência: uma consciência. ARS (São Paulo), 1(1), 37–47. https://doi.org/10.1590/s1678-53202003000100004
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