Objetivo: Avaliar a utilidade da relação volume expiratório forçado no primeiro segundo/volume expiratório forçado nos primeiros seis segundos (VEF1 /VEF6) na detecção de obstrução leve ao fluxo aéreo como alternativa à relação VEF1 /capacidade vital forçada (CVF). Métodos: As equações sugeridas para a população brasileira em 2006 foram utilizadas para determinar os limites inferiores normais para as relações entre VEF1 /VEF6 e VEF1/CVF. Foram avaliadas as espirometrias de 155 pacientes com diferença entre a relação VEF1 /CVF prevista- observada abaixo de 15% e VEF1 ≥ 60% do previsto, com idades entre 20 e 84 anos e com tempo expiratório de 6 s no mínimo. Os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade para a espirometria sugeridos pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia foram preenchidos. Resultados: Os valores médios (± dp) para VEF1 /CVF e VEF1 /VEF6 foram, respectivamente, 73 ± 4% e 75 ± 3%. A obstrução ao fluxo aéreo foi detectada pela relação VEF1/CVF em 61 pacientes, mas foi detectada pela relação VEF1 /VEF6 em apenas 46 deles, mostrando uma sensibi- lidade de 75% (p < 0,001). Conclusões: A relação VEF1 /VEF6 tem sensibilidade insuficiente para substituir a relação VEF1/CVF no diagnóstico de obstrução leve ao fluxo aéreo.
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Cuoco, M. A. R., Pereira, A. C., Mota, G. de F. A. da, Krieger, J. E., & Mansur, A. J. (2008). Polimorfismo genético, terapia farmacológica e função cardíaca seqüencial em pacientes com insuficiência cardíaca. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 90(4), 274–279. https://doi.org/10.1590/s0066-782x2008000400007
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