Objetivo: estabelecer a incidência da síndrome de Eagle (SE) no curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza durante o período de três anos. Materiais e métodos: foram analisadas 945 radiografias panorâmicas. A avaliação foi realizada por dois examinadores em ambiente sem iluminação e com a utilização de negatoscópio. Um paquímetro digital foi utilizado para a mensuração dos casos com alongamento do processo estiloide, sendo considerados alongados os casos a partir de 30 mm. Resultados: das 945 radiografias analisadas, notou-se crescimento do processo estiloide superior a 30 mm em 75 panorâmicas (7,9%), sendo 51 (68%) mulheres e 24 (32%) de homens. Em 43 casos (57,3%), o alongamento foi encontrado bilateralmente, em 23 casos (30,7%) foi encontrado apenas no lado esquerdo e em 9 casos (12%) apenas no lado direito. Os 75 pacientes que possuíam o alongamento do osso foram submetidos a um questionário semiestruturado e 11 pacientes relataram sintomatologia dolorosa, com frequência variável de surgimento da dor. Uma detalhada anamnese e um exame físico desses pacientes permitiram o diagnóstico da SE em quatro deles. Conclusão: o trauma na região craniofacial foi o fator etiológico mais evidente nos pacientes diagnosticados com a SE. Os sinais e sintomas inerentes à SE eram semelhantes aos observados nas desordens craniomandibulares, podendo ocasionar falsos diagnósticos e tratamentos equivocados. Palavras-chave: Diagnóstico. Incidência. Síndrome.
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Cavalcante, I. L., Barros, C. C. D. S., Prado, J. P., Gonzaga, A. K. G., Fernandes, A. P. V., & Medeiros, R. C. T. (2018). Síndrome de Eagle: diagnóstico e incidência em uma população brasileira. Revista Da Faculdade de Odontologia - UPF, 22(3). https://doi.org/10.5335/rfo.v22i3.7563
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