Terapia de Anticoagulação em Pacientes com Fibrilação Atrial não Valvar em Ambiente de Cuidado de Saúde Privado no Brasil: Um Estudo no Mundo Real

  • Silva P
  • Sznejder H
  • Vasconcellos R
  • et al.
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Abstract

Fundamento: A segurança e a eficácia da varfarina dependem da qualidade do controle da anticoagulação. Estudos observacionais associam controle deficiente com aumento de morbidade, mortalidade e custos com saúde. Objetivos: Desenvolver um perfil de pacientes com fibrilação atrial não valvar (FANV) tratados com varfarina em ambiente hospitalar privado brasileiro, avaliar a qualidade do controle da anticoagulação e sua associação com resultados clínicos e econômicos. Métodos: Este estudo retrospectivo, por meio de um grande conjunto de dados de seguros privados de saúde no Brasil, identificou pacientes com FANV tratados com varfarina entre 01 de maio de 2014 a 30 de abril de 2016, descreveu seu manejo da anticoagulação e quantificou os custos relacionados à doença. Foram recuperados dados demográficos, histórico clínico, medicação concomitante e tempo na faixa terapêutica (TTR) dos valores da razão normalizada internacional (RNI). Os pacientes foram agrupados em quartis de TTR, com um bom controle sendo definido como TTR ≥65% (método de Rosendaal). Sangramentos maiores e custos médicos diretos por todas as causas foram calculados e comparados entre subgrupos de controle bons e ruins. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: A análise incluiu 1220 pacientes (mediana de seguimento: 1,5 anos; IIQ: 0,5–2,0). Em média, cada paciente recebeu 0,95 medidas mensais de RNI (RNI média: 2,60 ± 0,88, com 26,1% dos valores < 2 e 24,8% > 3), (mediana de TTR: 58%; IIQ: 47-68%), (TTR médio: 56,6% ± 18,9%). Apenas 31% dos pacientes estavam bem controlados (TTR médio: 78% ± 10%), com 1,6% apresentando grandes sangramentos na mediana do seguimento e custos médicos diretos por membro por ano (PMPY) de R$25.352 (± R$37.762). Pacientes mal controlados (69%) foram associados a 3,3 vezes mais sangramentos graves (5,3% vs. 1,6%; p <0,01) e custos 40% maiores (R$35.384 vs. R$25.352; p < 0,01). Conclusões: Mais de 60% dos pacientes estavam abaixo da meta desejada e os custos associados foram maiores. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

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Silva, P. G. M. de B., Sznejder, H., Vasconcellos, R., Charles, G. M., Mendonça-Filho, H. T. F., Mardekian, J., … Di Fusco, M. (2020). Terapia de Anticoagulação em Pacientes com Fibrilação Atrial não Valvar em Ambiente de Cuidado de Saúde Privado no Brasil: Um Estudo no Mundo Real. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. https://doi.org/10.36660/abc.20180076

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