O texto pensa a noção de economia solidária a partir do chão. Começa‑se por atentar em duas ONG de utilidade pública (ANDC, Comunidade Vida e Paz), cuja acção e economia se cruzam com quatro microempreendedores e suas unidades, todos muito distintos entre si: dois pequenos negócios são geridos por mulheres e outros dois por homens, um deles imigrante. De seguida, indutivamente, aprofunda‑se a reflexão com base em duas vertentes: tanto as solidariedades observadas no meio familiar e sociopolítico dos microempreendedores quanto as economias vigentes nas suas unidades e nas ONG que os apoiaram. Conclui‑se que a solidariedade é uma noção plural (altruísta, familista, associativa e estatal) e que a economia ou é “economia política”, como sucedeu à sua nascença, ou é uma noção ideológica que nega a vida e as pessoas in loco e in terra mundi. Isto é, a economia ou é solidária ou é fratricida.
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Portela, J. (2009). A economia ou é solidária ou é fratricida. Revista Crítica de Ciências Sociais, (84), 115–152. https://doi.org/10.4000/rccs.412
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