Resíduos sólidos agroindustriais, que podem gerar impactos negativos à sustentabilidade ambiental, são empregados como biomassa lignocelulósica para produção comercial de cogumelos comestíveis, um alimento de alta qualidade nutricional e terapêutica. No entanto, estes fungos comestíveis são altamente perecíveis e o processo de secagem apresenta-se como alternativa para sua armazenagem segura. Neste trabalho foram investigados os efeitos da temperatura de secagem (35°C e 55ºC) do micélio do fungo comestível Lentinus crinitus cultivado em meio sintético utilizando cinética de secagem. Curvas experimentais de secagem foram obtidas em períodos crescentes até a obtenção de massa constante, empregando estufa de circulação. Os micélios secos a 55ºC demandaram menor tempo de processo e, consequente, redução do consumo energético, sem comprometimento das funções biológicas do fungo. Os modelos matemáticos (Empíricos e Semi-empíricos) testados se ajustaram as curvas de ambas as temperaturas. Porém, os melhores ajustes foram o modelo Page para 35°C e o modelo Midilli para 55ºC. Com base nas equações dos modelos, os resultados indicaram que o tempo para secagem do fungo será de aproximadamente 70 minutos, nas condições geométricas da amostra empregada, quando realizado em temperaturas próximas de 55ºC.
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Silva, D. S. H. da, Timm, T. G., Costa, T. M., Helm, C. V., & Tavares, L. B. B. (2020). SECAGEM DE COGUMELOS COMESTÍVEIS COMO PRÁTICA SUSTENTÁVEL. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 9, 830. https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e02020830-846
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