Influência da organização do trabalho sobre a prevalência de transtornos mentais comuns dos agentes comunitários de saúde de Belo Horizonte

  • Alcântara M
  • Assunção A
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Resumo Introdução: à medida que se reconhece o papel dos agentes comunitários de saúde (ACS) para os objetivos do sistema de saúde, é evidente a preocupação com a prevalência de sintomas psíquicos entre esses trabalhadores, conclamando a identificação de indicadores passíveis de serem modificados em favor da saúde mental dos ACS. Objetivo: examinar associações entre a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e condições de trabalho entre ACS inseridos nos serviços de atenção básica de Belo Horizonte, MG. Método: a amostra aleatória e representativa incluiu 196 sujeitos. Utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e questionário autopreenchível que continha blocos relacionados às questões sociodemográficas, ocupacionais e hábitos de vida. A análise multivariável adotou entrada hierárquica das variáveis e regressão de Poisson com estimativa da variância robusta. Resultados: a prevalência de TMC de 26,5% foi associada à alta demanda psicológica, relato de agressões contra o trabalhador e insatisfação com as relações pessoais. Conclusão: a significância da associação no tocante à demanda psicológica no trabalho é preocupante, pois seria possível projetar o trabalho dos ACS sem ultrapassar os seus próprios limites. Adequações do modelo organizacional e redesenho das tarefas podem contribuir favoravelmente para a saúde mental dos ACS.Abstract Introduction: as the role of community health workers (CHW) is recognized to health system objectives it is clear the concern about prevalence of psychological symptoms among these workers, urging the identification of indicators that can be modified in favor of CHWs' mental health. Objective: to examine associations between the prevalence of common mental disorders (CMD) and work conditions among CHWs inserted into the primary health care of the city of Belo Horizonte, state of Minas Gerais, Brazil. Method: random and representative sample that included 196 individuals. Data was collected through a Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) and a self-administered questionnaire containing blocks related to sociodemographic questions, occupational and lifestyle habits. Multivariate analysis adopted hierarchical input of variables and Poisson regression with robust variance estimate. Results: the prevalence of CMD was 26.5% and it was associated with high job demands, reports of aggression against workers and dissatisfaction with personal relationships. Conclusion: the association of significance regarding job demands at work is worrisome because it would be possible to design CHWs' work without having them exceeding their limits. Adequacy of the organizational model and redesign of tasks can contribute positively to CHWs' mental health.

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Alcântara, M. A. de, & Assunção, A. Á. (2016). Influência da organização do trabalho sobre a prevalência de transtornos mentais comuns dos agentes comunitários de saúde de Belo Horizonte. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 41(0). https://doi.org/10.1590/2317-6369000106014

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