Introdução: Reflexão sobre a noção de mediação cultural, como categoria teórica e operacional autônoma, definida em articulação permanente com as da produção e da recepção culturais, considerados processos dinâmicos e complexos que regem a ecologia simbólica. Objetivo: definir a mediação cultural como instância essencial dos processos de produção de sentido Metodologia: estudo dos elementos constitutivos de uma experiência cultural autobiográfica, relatada por Clarice Lispector no conto Felicidade Clandestina. Resultados: a mediação cultural não é simples recurso de transferência de dados/informações, mero “canal” ou instância de apoio visando a criação de elos entre sujeitos. Conclusão: A mediação cultural é ato autônomo, com identidade e lógicas próprias, definidas em relação com as esferas da produção e da recepção de informação e cultura. Tal abordagem, assumindo modelo triádico (mediação-produção-recepção), rompe com compreensões dualistas e mecânicas dos campos da Informação e da Comunicação, mostrando-se heurística, posto que se compatível com a centralidade dos dispostivos de mediação cultural na atualidade.
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Perrotti, E., & Pieruccini, I. (2014). A mediação cultural como categoria autônoma. Informação & Informação, 19(2), 01. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2014v19n2p01
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