O objetivo deste estudo foi apresentar as recentes e mais relevantes informações a respeito da construção do termo e conceito de deficiência intelectual (DI) sob a ótica do constructo social. Foi utilizada a pesquisa documental como metodologia, na perspectiva de revisar tanto os conceitos atribuídos à DI como às pessoas acometidas por esse transtorno, no sentido de esclarecer as diversas tendências e fatores de influência à utilização de determinado termo e método de classificação. Verificou-se que em relação à conceitualização da DI o grande salto em direção a um entendimento mais globalizado do termo foi a introdução, para fins de diagnóstico, do critério que considerava os défices nas áreas do comportamento adaptativo. Tal fato deslocou a importância atribuída ao Quociente de Inteligência (QI) para o défice comportamental e fez com a conceitualização da DI rompesse com a definição e classificação baseada no défice de natureza individual e passasse a ser considerada como expressão de interação entre o sujeito e o meio ambiente. Sob a ótica do constructo social, percebeu-se que a proclamação do ano de 1981 como o “Ano Internacional das Pessoas Deficientes” oficializou a adoção da palavra “deficiente” como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo “pessoa”. Essa evolução terminológica deu início ao entendimento de que a pessoa com deficiência tem os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão.
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Vargas, L. M., Vargas, T. M., Cantorani, J. R. H., Gutierrez, G. L., & Pilatti, L. A. (2016). Deficiência intelectual: origens e tendências em conceitos sob a ótica do constructo social. Revista Stricto Sensu, 1(1), 12–21. https://doi.org/10.24222/2525-3395.2016v1n1p012
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