Neste trabalho, aborda-se o movimentar sinuosamente a coluna e os quadris para tornar a universidade mais preta e afrescalhada, levantando-se a seguinte questão: o que podem os corpos pretos, bichas e sapatões ao se reunirem em torno de uma professora travesti e negra em aulas que interseccionam gênero e raça? O salto alto, como instrumento político, causa barulho em um ambiente higienizado e abre espaço para diferentes corporeidades ocuparem uma instituição pública de ensino superior. A escrevivência, criada pela escritora e pesquisadora Conceição Evaristo, surge neste trabalho de abordagem qualitativa como uma ferramenta metodológica intrínseca a uma perspectiva de pesquisa implicada, situada entre produção artística e científica dos seus participantes. Escrevivências de corpos que desmunhecam e empretecem a universidade, apontando para uma positividade ao criar áreas de pertencimento, compartilhamento e coletividade.
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Lima, M. B. de, & Oliveira, M. R. G. de. (2023). Desmunhecando e Empretecendo a Universidade. PÓS: Revista Do Programa de Pós-Graduação Em Artes Da EBA/UFMG, 13(27), 173–195. https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41775