O território é o resultado de um processo complexo de apropriação do espaço. Um dos elementos que permite entender como esse espaço começa a ter pertinência para aqueles que habitam e vivem no território é o conceito de espaço vivido. Explorar os limites e oportunidades da aplicação deste conceito, no estudo das cidades, permite ao mesmo tempo descobrir outras cidades presentes naquelas que tradicionalmente são descritas pela estatística econômica, demográfica, habitacional ou outros indicadores quantitativos. Embora os indicadores sejam necessários e imprescindíveis para a maioria das análises, não são as únicas leituras possíveis. Da perspectiva dos imaginários, e em particular dos imaginários do desenvolvimento, surge a oportunidade de vislumbrar as cidades invisíveis, aquele reflexo incontornável da experiência de habitar um espaço carregado de sentido, por diferentes processos sociais que lhe outorgam sentidos. Este artigo pretende ler desde outra ótica a cidade de Concepción, no centro-sul do Chile. Uma cidade industrial, desde a década de 1950, fortemente marcada por esse caráter e que clama por mudança no presente, na perspectiva da sustentabilidade, apesar de seu legado geo-histórico e da tensão constante com os diferentes elementos do meio natural. Dessa maneira, este texto busca um motivo para explorar a cidade, a partir do seu próprio desenho.
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Aliste, E. (2011). Territorio y huellas territoriales: una memoria del espacio vivido en el Gran Concepción, Chile. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 23. https://doi.org/10.5380/dma.v23i0.20911
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