Nos últimos anos, novas formas de socialização da atividade política através das mídias sociais têm encontrado expressão em mobilizações coletivas. O artigo examina as recentes revoltas no Brasil, apresentando os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada entre Junho de 2013 e Junho de 2015, com foco nos atores envolvidos, suas razões para participarem e a continuidade de sua ação. Três instrumentos de pesquisa foram utilizados no estudo: um mapeamento inicial das mídias sociais, um breve questionário on-line e algumas entrevistas com ativistas. Os resultados mostram a existência de uma "lógica conectiva" nas redes sociais e ilustram que o que atraiu as massas em junho de 2013 foi principalmente o "evento" de um protesto. No entanto, verifica-se que o engajamento político dos jovens está aumentando aos poucos, entre grupos que se envolveram durante os protestos e continuam motivados pela ideia da resistência política até os dias de hoje.
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Pischetola, M. (2016). What is left of the protests? Social movements and youth empowerment in Brazil. Revista Debates, 10(2), 31. https://doi.org/10.22456/1982-5269.64547
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