Este artigo analisa documentos elaborados por organismos multilaterais no período de 1990 a 2014, sobretudo, os que trazem orientações que visam determinar as políticas, os programas e as ações no campo da educação no Brasil. Busca-se compreender, em especial, como os organismos multilaterais concebem e orientam a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação de nosso país, tendo por base, dentre outros, a contribuição teórico-conceitual de: Dourado, Oliveira (2009); Mancebo, Maués e Chaves (2006); Libâneo (2011; 2012); Sguissardi (2000); Lima (2005; 2013); Ferreira (2009; 2012); Saviani (2008); Andreoli (2002). São examinados documentos direcionados às questões econômicas e educacionais de países da América Latina e Caribe, dentre os quais, o Brasil. Observa-se que há forte influência dos organismos multilaterais na educação brasileira e que, no âmbito das TIC, essas diretrizes apontam para a expansão da inserção e do uso dessas tecnologias em todos os níveis da educação. Essas diretrizes, ou orientações, baseiam-se em uma concepção mercantil e mecanicista das TIC, em detrimento de uma perspectiva que defende uma maior democratização do acesso à informação e ao conhecimento, bem como uma formação escolar mais crítica, autônoma e cidadã.
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Lima, D. D. C. B. P., Oliveira, J. F. de, & Batista, T. C. da S. (2016). Organismos multilaterais e educação: as tecnologias da informação e comunicação (TIC) em questão. Revista Educação Em Questão, 54(42), 218. https://doi.org/10.21680/1981-1802.2016v54n42id10959
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