Abstract
A exposição ao Hg tem sido amplamente estudada desde o acidente em Minamata. Seus efeitos deletérios eram usualmente associados ao SNC, porém pesquisas recentes revelam esta exposição como possível fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas, como a hipertensão arterial sistêmica. Essa revisão tem como objetivo avaliar uma possível influência da exposição crônica ao mercúrio em eventos de hipertensão arterial sistêmica. Trata-se de uma revisão sistemática, utilizando as bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo, com a utilização de palavras-chaves, e aplicação dos critérios de triagem e elegibilidade, bem como filtro afim de selecionar publicações da última década. O estudo identificou 106 artigos em diferentes bases de dados, aonde 6 destes eram duplicados. Na fase de triagem e elegibilidade, foram excluídos 27 e 62 artigos, respectivamente. Assim, apenas 11 artigos foram incluídos para síntese qualitativa. Apesar do Hg ser um metal pesado naturalmente presente no meio ambiente, os profissionais envolvidos com garimpo e populações que apresentam frequente consumo de pescado tomam a frente desta exposição, fato demonstrado pelos altos índices de Hg nas amostras capilares destes indivíduos. Esta exposição crônica causa severo desequilíbrio para diversos sistemas biológicos, inclusive o cardiovascular, entretanto afirmar que isso pode ser propulsor para o desenvolvimento de HAS pode ser equivocado, e exige estudos mais profundos e minuciosos sejam realizados sobre o tema.
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Farias, A. L. B. de A., Tabosa, N. P., Viana, P. M. M., Trindade, A. P., Silva, J. L. P. da, Baltazar, C. S., … Amaro, B. O. (2022). A exposição crônica ao mercúrio e hipertensão arterial sistêmica: Revisão de literatura. Research, Society and Development, 11(8), e10211830631. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30631
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