A transmissibilidade de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides foi estudada em diferentes temperaturas utilizando sementes de algodoeiro (Gossypium hirsutum) inoculadas com diferentes tempos de exposição ao patógeno. O experimento consistiu de seis tratamentos, sendo três tempos de exposição (36, 72 e 108 h) das sementes, inoculadas e não inoculadas com o fungo, testados em temperaturas de 15, 20, 25 e 30 ± 2 °C. Os tratamentos provenientes de sementes não inoculadas com o fungo foram utilizados como testemunhas. Os tempos de inoculação apresentaram diferença na incidência e na porcentagem da semente coberta com propágulos do patógeno (PSCPP), sendo o maior valor observado no tempo de 108 h, com conseqüências na germinação e porcentagem de plantas sobreviventes. Os tempos de 36 e 72 h não apresentaram diferença entre si. Temperaturas mais baixas e a maior quantidade de inóculo nas sementes proporcionaram redução na germinação e porcentagem de plantas sobreviventes. A intensidade da doença não foi influenciada pelo tempo de exposição, no entanto, a temperatura foi fator determinante para a transmissibilidade do patógeno, sendo a incidência e a severidade maiores com o aumento desta. O condicionamento osmótico estimulou o desenvolvimento fúngico, sendo observadas maior incidência e severidade da doença no tempo de 108 h.The transmission of Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides by cotton (Gossypium hirsutum) seeds was studied at different temperatures using seeds inoculated at different times of exposure to pathogen grown in osmotic agar medium. The experiment consisted of six treatments, three exposure times (36, 72 and 108 h) of seeds to osmotic medium with and without fungus, and tests at temperatures of 15, 20, 25 and 30 ± 2 °C. Treatments without the fungus were used as control. Inoculation periods were implicated in differences in the incidence and percentage of pathogens in seeds. The highest rates were observed when seeds were exposed for 108 h, with consequences for the germination and percentage of surviving plants. No statistical difference was detected at 36 and 72 h. Lower temperatures and more inoculum of seeds led to a lower percentage of germination and surviving plants. Disease intensity was not influenced by inoculation periods. However, temperature was an important factor affecting the transmissibility of pathogen; an increase of incidence and severity led to an increase in the transmissibility of the pathogen. Osmotic conditioning of seeds stimulated fungus development; a high incidence and severity of disease were found when inoculation of seeds was done at 108 h.
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Araújo, D. V., Pozza, E. A., Machado, J. C., Zambenedetti, E. B., Celano, F. A. O., Carvalho, E. M., & Camargos, V. N. (2006). Influência da temperatura e do tempo de inoculação das sementes de algodão na transmissibilidade de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides. Fitopatologia Brasileira, 31(1), 35–40. https://doi.org/10.1590/s0100-41582006000100006
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