Políticas Linguísticas de Moçambique: Controvérsias e Perspectivas

  • Macaringue I
N/ACitations
Citations of this article
6Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Neste trabalho, analisamos o contexto histórico, político-ideológico e sociolinguístico a partir do qual Moçambique adoptou as suas políticas linguísticas, tendo em conta a diversidade linguístico-cultural que caracteriza o país e problematizar a sua eficácia decorrente das ambivalências geradas em torno da oficialização do Português Europeu sem o nacionalizar e da nacionalização das línguas autóctones sem as oficializar. Além disso, observamos o facto de a lógica do que está institucionalizado estar a ser subvertida pela prática consuetudinária dos usos da linguagem, isto é, o Português Europeu como norma-padrão no país está nativizado e endogeneizado à ecologia sociocultural e linguística concomitante à moçambicanidade, pelo que devia ser normatizado e consagrado como língua oficial e nacional de Moçambique. Isso se deve ao fato de que a norma-padrão europeia é uma hipóstase e cada vez menos relacionada com as dinâmicas sociolinguísticas e culturais em curso. Essa afirmação pode ser constatada por meio de estudos já consolidados de linguistas como Firmino (2006) que apontam para a consolidação de características específicas desta outra língua portuguesa nas áreas do léxico, sintaxe e semântica.

Cite

CITATION STYLE

APA

Macaringue, I. E. A. (2021). Políticas Linguísticas de Moçambique: Controvérsias e Perspectivas. Revista Internacional Em Língua Portuguesa, (31), 47–69. https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2017.31/pp.47-69

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free