A alocação dos recursos hídricos tem despertado a atenção dos mais diversos segmentos da sociedade moderna. Geralmente, em regiões caracterizadas pela agropecuária, como é o caso do estado de Mato Grosso do Sul (MS), o uso da água no processo de produção se torna mais intensivo, de forma a refletir na utilização dos recursos naturais. A ideia de “água virtual” baseia-se no conceito de água embutida nos produtos, e tem despertado crescente interesse da comunidade nacional e internacional tendo em vista a necessidade de aprimorar a gestão dos recursos hídricos. Sendo assim, o objetivo principal deste artigo é analisar o saldo de água virtual decorrente do comércio internacional do Estado sul-mato-grossense e o resto do mundo, de forma a verificar o saldo superavitário ou deficitário em relação aos seus principais produtos comercializados no exterior. Para verificar se o balanço virtual de água é favorável ou desfavorável ao Estado, devem-se mensurar as relações de troca no comércio produto a produto utilizando-se a metodologia do cálculo da Pegada Hídrica proposta por Hoekstra et al. (2011) bem como dos indicadores de encadeamento para trás e para frente definidos pela matriz de insumo-produto a fim de entender o comportamento da demanda de água na economia do Estado. Os resultados apontam para um déficit no balanço das transações de água entre esse Estado e as demais economias com que comercializa seus produtos.
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Brum, A. K. de, Frainer, D. M., Souza, C. C., & Reis Neto, J. F. dos. (2019). Análise do fluxo de Água virtual: uma abordagem a partir da balança comercial de Mato Grosso do Sul. Interações (Campo Grande), 297–313. https://doi.org/10.20435/inter.v0i0.1587
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