O presente artigo pretende comparar as características motivacionais em alunos do 3.º ciclo (7.º e 9.ºanos) com diferentes opções curriculares (2.ª Língua Estrangeira vs. Educação Tecnológica). Deste modo, é nosso objectivo apresentar, a partir da legislação existente no nosso país, o papel que a disciplina de Educação Tecnológica tem no 3.º ciclo da escolaridade básica e o porquê de, em nossa opinião, existir, no que respeita a esta disciplina, uma carga eminentemente negativa. Em seguida, procuramos caracterizar os alunos que optam pelas duas disciplinas consideradas, realçando algumas das características motivacionais e sociais que influenciam essa escolha e que acompanham e diferenciam claramente os alunos ao longo do 3.º ciclo.Os resultados de estudos diferenciais indicam que os alunos de 2.ª Língua Estrangeira apresentam maiores índices de auto-conceito académico e não académico, bem como concepções de inteligência mais dinâmicase expectativas de auto-eficácia académica mais elevadas comparativamente com os alunos de Educação Tecnológica, quer no 7.º quer no 9.º ano de escolaridade.Finalmente, é nosso objectivo colocar em evidência a importância do papel do grupo-turma no contexto escolar, no sentido de evidenciar as diferenças grupais que se estabelecem dentro da escola, local onde o direito à igualdade de oportunidades no sucesso escolar se encontra consagrado na Constituição, e onde a diferença se deve instituir como fonte de enriquecimento e desenvolvimento pessoal e colectivo.
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Simões, L., & Faria, L. (2012). Características motivacionais e opções curriculares no Ensino Básico: Educação tecnológica vs. 2.a língua estrangeira. Análise Psicológica, 19(3), 417–433. https://doi.org/10.14417/ap.368
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