Fronteiras, trajetórias e experiências de rupturas

  • Labache L
  • Saint Martin M
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Abstract

Este texto analisa diferentes trajetórias individuais e familiares marcadas sobretudo por mobilidade social, profissional, geográfica e residencial e por descontinuidades. Membros dos diferentes grupos que constituem a sociedade francesa foram entrevistados por uma equipe de pesquisadores entre 2004 e 2007, com o objetivo de apreender como os indivíduos ou as famílias jogam com as fronteiras sociais e espaciais, deslocando-as, transpondo-as ou construindo-as de forma ativa. Os resultados mostram que as experiências de ruptura de fronteiras específicas, como a do diploma, por exemplo, muito valorizado por certos atores, contribui para desenvolver disposições para ultrapassar as fronteiras sociais ou, pelo menos, para não naturalizá-las tanto, quando não mais, quanto as próprias mobilidades social ou profissional. As fronteiras espaciais (nacionais e de bairro, em particular) são frequentemente evocadas nas entrevistas. O fato de se percebê-las e de se jogar com elas está estreitamente vinculado às experiências, mais especificamente às de deslocamentos e rupturas.This paper analyzes different individual and family paths rather marked by social, professional, geographical and residential discontinuities. Members of the different groups that constitute French society were interviewed by a research team, between 2004 and 2007, to seize how families and individuals play with social and spatial borders, displace them, overstep them or construct them in their activities. Our results show that breaking given borders, as that of diploma, for instance, which is much valued by some actors, helps develop tendencies to overstep social borders or at least, not to naturalize them as much or even more than social or professional mobility itself. Spatial borders (most particularly country or district borders) are often mentioned in these interviews. The fact that they are perceived and played with is closely linked to such experiences of displacement and rupture.Différentes trajectoires, individuelles et familiales, plutôt marquées par la mobilité sociale, professionnelle, géographique, résidentielle, et par les discontinuités, sont analysées en s'appuyant sur une enquête par entretiens approfondis dans les différents groupes qui constituent la société française, réalisée entre 2004 et 2007 par une équipe de chercheurs. Cherchant à appréhender comment les individus ou les familles jouent avec les frontières sociales et spatiales, les déplacent, les franchissent ou les construisent dans l'activité, il est apparu que l'expérience de certaines ruptures concernant des frontières spécifiques, par exemple le diplôme, auxquelles les acteurs accordent une évaluation positive, contribue à développer des dispositions à dépasser les frontières sociales, ou du moins à ne pas les naturaliser, au moins autant si ce n'est plus que la mobilité géographique ou professionnelle en elle-même. Les frontières spatiales : frontières nationales, frontières de quartier notamment sont très souvent évoquées dans les entretiens et leur perception comme le jeu avec ces frontières sont étroitement liés aux expériences, et notamment aux expériences de déplacement et de rupture.

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Labache, L., & Saint Martin, M. de. (2008). Fronteiras, trajetórias e experiências de rupturas. Educação & Sociedade, 29(103), 333–354. https://doi.org/10.1590/s0101-73302008000200003

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