Durante a segunda metade do século XX, o Brasil passou por um processo de modernização da agricultura. Sobretudo a partir da década de 1990, a atuação de iniciativas privadas nesse setor se fortaleceu, e se disseminou a chamada agricultura científica globalizada. Nesse contexto, apesar da notável importância econômica da expansão do agronegócio globalizado e da produção de commodities para exportação, diversos efeitos nocivos ao meio ambiente e a determinados grupos sociais se intensificaram. Crescem, assim, movimentos de contraponto a essa lógica produtiva hegemônica, como é o caso das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA’s), as quais funcionam como um circuito curto agroalimentar, e visam aproximar produtores e consumidores, estimular a produção agrícola sustentável e valorizar a agricultura familiar e as economias locais. À vista disso, por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados, o presente artigo visa discutir o desenvolvimento desse cenário da produção agropecuária brasileira, além de evidenciar o potencial das CSA’s na busca por modelos ambientalmente sustentáveis e socialmente justos para a produção e comercialização agrícola.
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Sbrocco, M. (2023). Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA). Boletim Campineiro de Geografia, 12(1), 29–46. https://doi.org/10.54446/bcg.v12i1.2851
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