Este artigo estabelece algumas relações fundamentais entre evolução, a teoria do cérebro triuno e a relevância que esta pode ter para a fundamentação empírica de uma filosofia da mente e das emoções. Inicialmente, será especialmente considerada a posição do filósofo Ronald de Sousa no seu já clássico artigo “The Mind’s Bermuda Triangle: Philosophy of Emotions and Empirical Science”, parte do Oxford Handbook of Philosophy of Emotions. A segunda seção discute a validade da teoria do “cérebro triuno” como abordagem neuroetológica evolutiva, delineando sua divisão tripartite do cérebro e analisando críticas e elogios às suas ideias, além de considerações de neurocientistas importantes no campo do estudo das emoções como Ledoux e Panksepp sobre tal tema. Na terceira seção, trato de um trabalho de Pollen e Hofmann que nos serve de apresentação de novas abordagens contemporâneas para a compreensão da evolução do cérebro. Como conclusão delineio um marco de trabalho na forma de uma agenda de pesquisa para as relações entre biologia evolutiva, neurociência e o estudo filosófico das emoções.
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Mograbi, G. J. C. (2015). Considerações sobre a teoria do cérebro triuno e sua relevância para uma filosofia da mente e das emoções. Veritas (Porto Alegre), 60(2), 222–241. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2015.2.21861
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