Resumo Este estudo avaliou a capacidade discriminante de indicadores psicológicos e comportamentais frequentemente associados ao abuso sexual infantil. A amostra foi constituída por 79 crianças, de ambos os sexos, sendo 63,3% do sexo feminino (n = 50), com idades entre oito e 12 anos (M = 9,92; DP = 1,45). Os participantes foram distribuídos em três grupos: Abuso sexual (n = 34), Maus-tratos sem histórico de abuso sexual (n = 14) e Sintomas clínicos sem histórico de maus-tratos (n = 31). Foram administrados instrumentos com os responsáveis e com as crianças. Para identifi car os fatores que diferenciavam os grupos, foi realizada a Análise de regressão logística multinominal. A variável Preocupações sexuais foi signifi cativa para diferenciar o grupo Abuso sexual dos outros dois grupos. O modelo apresentou capacidade preditiva geral de classifi car corretamente 69,6% dos casos. Sugere-se que a investigação dessa variável seja incluída, entre outros indicadores, nos procedimentos periciais de crianças com suspeita de abuso sexual. Com base nos resultados obtidos, fi ca evidente que é necessário cautela no estabelecimento de associações causais entre manifestações comportamentais ou psicológicas e a hipótese de abuso sexual em crianças. Palavras-chave: Abuso sexual na infância, sintomas comportamentais, sintomas psíquicos.
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Schaefer, L. S., Brunnet, A. E., Lobo, B. O. M., Carvalho, J. C. N., & Kristensen, C. H. (2018). Indicadores psicológicos e comportamentais na perícia do abuso sexual infantil. Temas Em Psicologia, 26(3), 1467–1482. https://doi.org/10.9788/tp2018.3-12pt
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