Como breve análise do livro "Medicalização de crianças e adolescentes: conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos", esta resenha contextualiza a importância da publicação na crítica contemporânea à invenção de (psico)patologias e tratamentos a elas destinados. O livro logra, de forma extremamente rigorosa, desconstruir as "bases científicas" que sustentam o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), mostrando como a indústria farmacêutica vem ocultando sistematicamente os profundos efeitos colaterais do princípio ativo destinado a tratá-lo (o metilfenidato, presente na Ritalina® e Concerta®). Com textos de profissionais vinculados à saúde e educação, nas mais diferentes áreas do conhecimento, o livro representa uma notável coalizão de esforços em benefício da promoção dos direitos de crianças e adolescentes.This text is a book's review towards the first edition of "Medicalization of children and adolescents: conflicts silenced by the reduction of social issues to diseases of individuals", which discusses the publication's relevance as a criticism of (psycho)pathologies and their treatments. The book succeeds in rigorously deconstructing the "science" that legitimates the attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), exposing how the pharmaceutical industry has been systematically concealing the profound collateral effects of the methylphenidate, the drug which treats it. The publication also presents papers by health and education practitioners, representing a remarkable effort directed to change the child/adolescent health care and education.
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Toassa, G. (2012). Sociedade Tarja Preta: uma crítica à medicalização de crianças e adolescentes. Fractal : Revista de Psicologia, 24(2), 429–434. https://doi.org/10.1590/s1984-02922012000200015
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