O presente trabalho visa discutir o uso de métodos de aquisição de dados geotécnicos de maciços rochosos. A área de estudo é uma pedreira de brita desativada, localizada na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), onde afloram gnaisses migmatizados, com constante queda de blocos. Os métodos de aquisição empregados foram o tradicional mapeamento de talude e o levantamento remoto por fotogrametria digital terrestre. A classificação de maciços Slope Mass Rating (SMR) foi aplicada. Os resultados evidenciaram diferenças nos ranges de detecção de estruturas e a fotogrametria se mostrou mais completa, com mais dados de descontinuidades do que o mapeamento tradicional, com exceção das estruturas oblíquas ao talude. Esta deficiência se explica pelo fato do talude estudado ser subvertical, sem reentrâncias e saliências, que permitem muitas vezes a detecção dos traços de descontinuidades e não dos planos. Contudo, mesmo nestes casos, a fotogrametria mostrou-se importante, por permitir a caracterização de todo talude, impossível pelo método tradicional. A classificação SMR mostrou baixos valores, indicando instabilidade por rupturas planares e em cunha do maciço em alguns pontos, o que coincide com as frequentes quedas de blocos.
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Sant’Anna, S. N., De Almeida Prado Bacellar, L., & Alameda-Hernández, P. M. (2021). Uso da fotogrametria digital terrestre na classificação de maciços rochosos fraturados. Revista de Geociências Do Nordeste, 111–122. https://doi.org/10.21680/2447-3359.2021v7n2id23403
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