Introdução: A epistaxe severa, geralmente associada a fatores predisponentes como hipertensão arterial sistêmica e coagulopatia, é uma doença desafiadora, e pode necessitar de uma abordagem cirúrgica nos casos que não respondem ao tratamento conservador, como cauterização e tamponamento nasal. Objetivo: avaliar os resultados da ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina no tratamento da epistaxe severa refratária à abordagem terapêutica conservadora. Forma de estudo: Clínico prospectivo. Material e Método: foram avaliados doze casos de pacientes submetidos à ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina no tratamento da epistaxe severa não responsiva ao tratamento conservador, observando-se a história clínica, os fatores predisponentes, a evolução e as complicações deste procedimento. Resultados: a idade média foi de 50,9 anos, e a distribuição por sexo foi de 33% do sexo feminino e 67% do sexo masculino; 33% apresentaram HAS e 16,6% coagulopatia (hepatopatia) como fatores predisponentes. Um paciente (8,3%) apresentou ressangramento após o procedimento cirúrgico. Discussão: a ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina representa uma abordagem segura e garante um controle satisfatório do sangramento, com índice de ressangramento de 8,3% entre os nossos casos. Conclusão: a ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina representa uma opção cirúrgica adequada, pois não apresenta as complicações das técnicas anteriores, atinge um controle satisfatório do sangramento e pode ser realizada por otorrinolaringologistas habituados à cirurgia endoscópica nasal.Introduction: Severe epistaxis, usually associated to hypertension and blood dyscrasia, may benefit from surgery when the conservative treatment fails. Aim: to evaluate the results of endoscopic endonasal ligation of the sphenopalatine artery for non-responsive severe epistaxis. Study design: Clinical prospective. Material and Method: chart review of twelve patients submitted to endoscopic endonasal ligation of the sphenopalatine artery regarding clinical aspects, predisposing factors and complications of the procedure. Results: the mean age was 50.9 years, and the male:female: ratio was 2:1. Hypertension was presented in 33% and hematologic disorders in 16.6% of the patients. One patient, 8.3%, presented a new bleeding episode after the surgery. Discussion: the endoscopic endonasal ligation of the sphenopalatine artery, proved to be a safe surgical method and presented 8.3% of bleeding after the procedure in our study. Conclusion: avoiding the complications of previous surgical treatments for severe epistaxis, the endoscopic endonasal ligation of the sphenopalatine artery is an effective technique affordable for otolaryngologists with practice in endoscopic endonasal surgery.
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Santos, R. P., Leonhardt, F. D., Ferri, R. G., & Gregório, L. C. (2002). Ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina para epistaxe severa. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 68(4), 511–514. https://doi.org/10.1590/s0034-72992002000400009
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