O presente artigo tem a intenção de abordar como a sustentabilidade e o cuidado com os resíduos industriais passaram a ser discutidos na moda. Considera-se que estar na moda é ter uma preocupação com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, além de fazer algo que contribua para mudar os rumos atuais do consumo e possibilite a interação entre o homem e a natureza de forma mais harmoniosa. Repensar os ciclos produtivos e as formas de exploração e de interface com a floresta e com o meio ambiente é justamente o paradigma dos próximos anos, e da chamada retomada verde. O tingimento de produtos do design têxtil com corantes naturais é uma expressão cultural única e não pode ser comparado somente em termos de eficiência em relação à utilização de corantes sintéticos e industriais. Uma desvantagem dos corantes naturais, independentemente de sua fonte vegetal, é a baixa concentração de corante nos extratos obtidos – já que acumular o extrato por meio de evaporação consome grande quantidade de energia. Um aspecto interessante dos corantes naturais que vem sendo abordado na literatura é a atividade antimicrobiana da matéria-prima empregada na extração dos corantes. No atual contexto, o caráter sustentável deixa de ser considerado apenas diferenciador e se torna essencial, levando à necessidade de utilização de materiais não nocivos ao meio ambiente, como os renováveis e, mais especificamente, de corantes naturais como matéria-prima para o design de produtos têxteis, constituindo parte importante do desenvolvimento sustentável.
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Souza, T. C. V. de, Ribeiro, R. A. C., Ayres, E., & Viana, F. C. (2021). A sustentabilidade na indústria da moda e o ressurgimento dos corantes naturais. DObra[s] – Revista Da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas Em Moda, (32), 66–87. https://doi.org/10.26563/dobras.i32.1367
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