Introdução: Variações anatômicas são pequenas diferenças morfológicas congênitas que aparecem nos diferentes sistemas orgânicos, as quais não acarretam prejuízo ou distúrbio funcional para o indivíduo. No que diz respeito aos vasos sanguíneos, alterações no desenvolvimento embriológico podem gerar duplicidade de vasos, agenesia ou ocasionar o surgimento de artérias e o desembocar de veias fora da descrição anatômica padrão. Relato de caso: Foi observada dupla variação anatômica vascular em um indivíduo durante uma dissecação de rotina no Laboratório de Anatomia do Centro Universitário São Camilo. A artéria renal principal tinha origem na parte abdominal da artéria aorta seguindo até sua entrada no hilo renal, porém, em vez de um trajeto retilíneo a partir da aorta, a mesma possuía um trajeto descendente e bem angulado. A partir da artéria renal principal surgia uma artéria polar aberrante que entrava no polo inferior do rim direito. Em um nível mais inferior, na altura da bifurcação da aorta, originava-se outra artéria polar aberrante que entrava no hilo renal, seguindo um trajeto retilíneo até o polo inferior do rim direito. A artéria hepática comum originava-se no tronco celíaco seguindo até sua entrada na porta do fígado. A artéria mesentérica superior possuía origem no tronco celíaco. A artéria hepática direita originava-se na artéria mesentérica superior. Conclusão: O estudo das variações anatômicas constitui-se tarefa árdua em virtude das inúmeras expressões diferentes que ocorrem no corpo humano, porém, o conhecimento dessas variações é de extrema valia para a clínica e o planejamento cirúrgico, garantindo a precisão e evitando complicações pós-cirúrgicas ou diagnósticos errôneos.
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Ruiz, C. R., Rios Nascimento, S. R., Vidsiunas, A. K., Andrades, L., & De Souza, C. C. (2017). Dupla variação anatômica vascular em um único indivíduo: estudo morfométrico. ABCS Health Sciences, 42(3). https://doi.org/10.7322/abcshs.v42i3.919
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